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Cura do concreto – Por que realizar e quais produtos utilizar

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Dando sequência ao nosso último artigo sobre as microfissurações, vamos nos aprofundar no tema da cura do concreto.

Um dos fatores que mais influenciam na formação de microfissuras ocorre na fase de acabamento e endurecimento do concreto, quando a água disponível na mistura evapora, reduzindo o volume da peça.

Sendo a cura do concreto um item fundamental para se garantir a resistência do concreto – a norma NBR 6118 de projeto de estruturas indica a necessidade de 7 dias de cura úmida – é importante dar atenção a este item também para evitar as microfissurações do concreto.

Em seguida, vamos falar especificamente sobre os processos de cura mais avançados, utilizados nas melhores obras atualmente no Brasil. Existem diversos produtos, técnicas e métodos de aplicação.

A cura úmida ainda é um processo muito utilizado nas construções, em geral com o auxílio de mantas ou lonas para reduzir os tempos de molhagem nas primeiras idades do concreto, por sua facilidade de controle e baixo custo.

O grande problema é a relação tempo de cura x quantidade de água dispendida, que pode variar muito de acordo com a temperatura do dia, as condições de exposição e a própria dosagem de cimento do concreto.

Além disso, dependendo da espessura da estrutura, a cura pode auxiliar na dissipação térmica do calor de hidratação do cimento, variável entre a superfície, meio e inferior da estrutura.

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Já no caso das curas químicas, hoje o método mais usado nas grandes obras, existem diversos fabricantes e tipos.  Os mais comuns são à base de silicatos de sódio ou lítio, resinas acrílicas ou parafinas. Esses tipos de curas químicas reduzem as microfissuras por retração plástica, evitando a perda de água e possibilitando a completa hidratação do cimento, dependendo da eficácia de cada produto.  Normalmente, as curas químicas substituem os métodos tradicionais de cura úmida com mais eficácia e praticidade.

Os produtos de cura química compostos por resinas acrílicas, em nossa experiência, são bastante eficientes, pois além de evitarem as fissurações por retração plástica e hidráulica do concreto, tem outros benefícios importantes. Entre eles, o aumento da resistência superficial do concreto por evitar a evaporação e formação de uma película de proteção sobre o piso, que auxilia na redução de pó superficial pós execução e melhora o acabamento final dos pisos de concreto.

Todos os tipos de cura química em geral são aplicados com o concreto ainda fresco, logo após o lançamento e regularização ou após o acabamento superficial, geralmente com bomba costal. Dependendo do produto escolhido, pode ser necessária a aplicação de 1 ou 2 demãos, conforme o manual de cada fabricante.

E os endurecedores de concreto, eles são cura? Não. Eles são aplicados após o concreto endurecido ou até sobre estruturas antigas. Eles reagem com os hidróxidos de cálcio criados na hidratação do cimento, formando cristais rígidos aumentando significativamente a resistência superficial dos pisos industriais.

Em breve, falaremos mais sobre a aplicação de endurecedores em pisos novos ou recuperação de pisos antigos.

O custo benefício da aplicação de curas químicas como um todo é em geral vantajoso, uma vez que reduz a mão de obra no processo na comparação com a cura úmida, e ainda assim garante a resistência da estrutura e consequentemente sua durabilidade.

A Monobeton possui vasta expertise na especificação do método de cura do concreto ideal para a sua obra, consulte nosso departamento técnico.
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